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ENERGIA LIMPA E ECONOMIA RESILIENTE AO CLIMA.

  • fernandofrechgouve
  • 7 de dez. de 2022
  • 2 min de leitura

Algumas das considerações destacadas no segundo dia da Cúpula de Líderes sobre o Clima.


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Imagem: (Maltawinds, 2018)

O segundo e último dia deste encontro entre lideranças de mais de 40 países teve como foco o debate das oportunidades econômicas e tecnológicas para ações a serem adotadas na questão climática. Dentre elas, a transição para tecnologias de geração de energia limpa, ou seja, com emissão líquida zero de gases de efeito estufa (GEE); e o desenvolvimento de uma economia mais resiliente às alterações climáticas.


Como destacou a Secretária de Comércio dos Estados Unidos Gina Raimondo “Os Governos não resolverão sozinhos as Mudanças Climáticas. Eles também querem e precisam que o Setor Privado e as Instituições Acadêmicas de Pesquisa exerçam um grande papel no avanço de inovações de tecnologias limpas” (Secretaria de Comércio dos Estados Unidos, 2021). Neste sentido, o Setor de Energia Elétrica é um setor de importante atuação, visto que em 2020 a energia gerada de carvão ainda representa a maior parcela da matriz elétrica mundial, com 35% (IEA, 2021).


No Brasil, a energia renovável corresponde a 83% da matriz elétrica de 2019, dos quais 64,9% são provenientes da geração hidráulica (BEN, 2020). O que, para alguns pode passar a impressão de que o País não apresenta tanto espaço para o desenvolvimento de outras tecnologias limpas de geração de energia. No entanto, hoje são maiores os questionamentos sobre altos custos sociais, e até mesmo ambientais, para a implantação de Usinas Hidrelétricas (UHE) em razão da grande área necessária para construção do reservatório. Aliada a esta preocupação, está a dependência no ciclo hídrico natural, cujas alterações nos últimos tempos colaboraram para a necessidade do acionamento de Usinas a Carvão, o que, além de aumentar as emissões atmosféricas de GEEs também aumentou o custo da geração de energia elétrica.


Portanto, a inclusão de novas fontes renováveis de geração de energia elétrica assim como o aumento da participação das já existentes, representarão maior segurança energética no país, por reduzir a sua dependência em fatores externos, como o volume de chuvas no caso da geração hidráulica.


Além das fontes de Energia Eólica e Solar apresentarem no Plano Decenal de Expansão de Energia 2030 um aumento de 102% e 171%, respectivamente (MME/EPE, 2021), outro ponto de destaque do PDE 2030 foi a previsão de contratação de Usina Térmicas movidas a Resíduos Sólidos Urbanos (RSU). O governo não indicou o montante de energia proveniente desta fonte que pretende contratar, a depender do volume de projetos inscritos e sua competitividade. No entanto, o PDE 2030 indica um limite mínimo de expansão de 60 megawatts para esta fonte, que apesar de não representar um relevante percentual na matriz, poderia movimentar cerca de 11,7 bilhão de reais em investimentos (ABREN, 2021). O que por sua vez, complementaria os esforços no país no sentido de geração de energia limpa e aumentar a sua resiliência econômica diante das alterações climáticas.




 
 
 

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